terça-feira, 21 de agosto de 2012

O filme Dirty Dancing comemora 25 anos hoje


O Brasil conheceu o ritmo quente de “Dirty Dancing” em setembro de 1987, quando o filme chegou aos cinemas nacionais pela primeira vez, mas é nesta terça, 21 de agosto, que o blockbuster oitentista comemora exatamente 25 anos de sua estreia nos Estados Unidos, marcada por hits românticos e a polêmica envolvendo o aborto de uma das personagens.

Em entrevista ao canal CNN exibida nesta segunda, a atriz Jennifer Grey relembrou a época em que atuou no longa no papel da adolescente Frances (Baby) Houseman, quando tinha 27 anos.

"O filme fala sobre a morte da inocência. Filmei dos 27 aos 28 anos e hoje vejo como eu era nova e também como foi a morte da minha inocência", explica a atriz. Para Grey, esse marco foi um acidente de carro que sofreu com Mathew Broderick, e que matou as duas mulheres do outro automóvel envolvido na batida, dias antes da première do filme em Nova York.

"Esse longa mostra o amadurecimento dessa personagem e a forma alegre como ela vive a vida. Acho que isso é contagiante, e o principal motivo de o filme ainda fazer sucesso depois de 25 anos. As pessoas se identificam com ela", analisa.

A atriz também lamentou a morte de Patrick Swayze, seu par romântico na trama e que morreu de câncer aos 57 anos, em 2009. "Sempre vi Patrick de uma forma vulnerável, tudo que ele fazia era muito intenso, mas eu sempre consegui ver sua beleza, uma beleza vulnerável que ainda hoje faz com que continuemos sentindo sua falta."

Longa foi condenado pelas famílias por trama envolvendo aborto

Em resenha publicada pelo "The New York Times" no mesmo dia de seu lançamento nos Estados Unidos em 1987, o longa protagonizado por Patrick Swayze e Jennifer Grey menciona o fato de as famílias tradicionais americanas acusarem o filme de “encurtar o caminho dos jovens para o inferno”, por causa do tema lascivo da história.

Para o jornal, o filme – que se passa no verão americano de 1963, na colônia de férias Catskill – é "um adeus confortável ao 'American way of life' vivido após a morte do presidente Kennedy". O "adeus" a que se refere o "NYT" é representado no filme pelas cenas em que Swayze – que vive o professor de dança pobretão Johnny Castle – sofre preconceito e é acusado de roubo por ser um empregado do hotel ou pelo amor proibido que vive com a aluna adolescente Frances (Baby) Houseman, papel de Grey.

Baby, por sua vez, também é uma garota à frente de seu tempo e se aventura pelas aulas de dança mesmo com a proibição do pai. Além disso, financia o aborto da amiga Penny, grávida de seu cunhado. Na época em que o filme foi lançado, o aborto tinha sido recém-liberado em algumas cidades americanas, na década de 1970, e por conta disso, o filme teve as cenas cortadas em algumas exibições. Isso depois do roteiro ser negado por diversos estúdios.

"Dirty Dancing" em números

Escrito por Eleanor Bergstein e dirigido por Emile Ardolino, o filme arrecadou US$ 64 milhões nos Estados Unidos e US$ 214 milhões no mundo todo. Sua trilha sonora ficou no topo da parada da "Billboard" por 18 semanas.

"Dirty Dancing" foi o primeiro longa a ultrapassar a marca de um milhão de vendas em VHS. Uma de suas últimas versões em musical para o teatro, no Canadá, arrecadou US$ 2 milhões só no primeiro dia de estreia, em 2007.

Nos Estados Unidos       
US$ 64 milhões

No mundo         
US$ 214 milhões

Na parada Billboard 
18 semanas no 1º lugar

Remake do longa será produzido até 2014

O sucesso de "Dirty Dancing" motivou a produtora Lionsgate a fazer um remake para o filme, que tem previsão de lançamento para 2014. O roteirista escolhido é Brad Falchuk, responsável pelos episódios da série musical "Glee". O elenco ainda não foi definido.

Fonte: UOL

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