O Brasil conheceu o ritmo quente de “Dirty Dancing” em
setembro de 1987, quando o filme chegou aos cinemas nacionais pela primeira
vez, mas é nesta terça, 21 de agosto, que o blockbuster oitentista comemora
exatamente 25 anos de sua estreia nos Estados Unidos, marcada por hits
românticos e a polêmica envolvendo o aborto de uma das personagens.
Em entrevista ao canal CNN exibida nesta segunda, a atriz
Jennifer Grey relembrou a época em que atuou no longa no papel da adolescente
Frances (Baby) Houseman, quando tinha 27 anos.
"O filme fala sobre a morte da inocência. Filmei dos 27
aos 28 anos e hoje vejo como eu era nova e também como foi a morte da minha
inocência", explica a atriz. Para Grey, esse marco foi um acidente de
carro que sofreu com Mathew Broderick, e que matou as duas mulheres do outro
automóvel envolvido na batida, dias antes da première do filme em Nova York.
"Esse longa mostra o amadurecimento dessa personagem e
a forma alegre como ela vive a vida. Acho que isso é contagiante, e o principal
motivo de o filme ainda fazer sucesso depois de 25 anos. As pessoas se
identificam com ela", analisa.
A atriz também lamentou a morte de Patrick Swayze, seu par
romântico na trama e que morreu de câncer aos 57 anos, em 2009. "Sempre vi
Patrick de uma forma vulnerável, tudo que ele fazia era muito intenso, mas eu
sempre consegui ver sua beleza, uma beleza vulnerável que ainda hoje faz com
que continuemos sentindo sua falta."
Longa foi condenado pelas famílias por trama envolvendo
aborto
Em resenha publicada pelo "The New York Times" no
mesmo dia de seu lançamento nos Estados Unidos em 1987, o longa protagonizado
por Patrick Swayze e Jennifer Grey menciona o fato de as famílias tradicionais
americanas acusarem o filme de “encurtar o caminho dos jovens para o inferno”,
por causa do tema lascivo da história.
Para o jornal, o filme – que se passa no verão americano de 1963, na colônia de férias Catskill – é "um adeus confortável ao 'American way of life' vivido após a morte do presidente Kennedy". O "adeus" a que se refere o "NYT" é representado no filme pelas cenas em que Swayze – que vive o professor de dança pobretão Johnny Castle – sofre preconceito e é acusado de roubo por ser um empregado do hotel ou pelo amor proibido que vive com a aluna adolescente Frances (Baby) Houseman, papel de Grey.
Baby, por sua vez, também é uma garota à frente de seu tempo
e se aventura pelas aulas de dança mesmo com a proibição do pai. Além disso,
financia o aborto da amiga Penny, grávida de seu cunhado. Na época em que o
filme foi lançado, o aborto tinha sido recém-liberado em algumas cidades
americanas, na década de 1970, e por conta disso, o filme teve as cenas
cortadas em algumas exibições. Isso depois do roteiro ser negado por diversos
estúdios.
"Dirty Dancing" em números
Escrito por Eleanor Bergstein e dirigido por Emile Ardolino,
o filme arrecadou US$ 64 milhões nos Estados Unidos e US$ 214 milhões no mundo
todo. Sua trilha sonora ficou no topo da parada da "Billboard" por 18
semanas.
"Dirty Dancing" foi o primeiro longa a ultrapassar
a marca de um milhão de vendas em VHS. Uma de suas últimas versões em musical
para o teatro, no Canadá, arrecadou US$ 2 milhões só no primeiro dia de
estreia, em 2007.
Nos Estados Unidos
US$ 64 milhões
No mundo
US$ 214
milhões
Na parada Billboard
18 semanas no 1º
lugar
Remake do longa será produzido até 2014
O sucesso de "Dirty Dancing" motivou a produtora
Lionsgate a fazer um remake para o filme, que tem previsão de lançamento para
2014. O roteirista escolhido é Brad Falchuk, responsável pelos episódios da
série musical "Glee". O elenco ainda não foi definido.
Fonte: UOL
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